Clube de Ciências da Unifesspa visita Museu do Tauari

No último sábado, 28 de setembro, aconteceu mais um encontro com ciência e diversão do Clube de Ciências da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Dessa vez, os estudantes de ensino fundamental de Marabá, participantes do clube, visitaram o Museu da Biodiversidade Tauari e fizeram uma trilha até o rio, localizado na Unidade III da Unifesspa, no loteamento Cidade Jardim.

“A atividade é uma trilha ecológica, usando puçá para coletas pelo caminho, e depois conhecendo um pouco do que foi coletado dentro do Museu”, disse a professora da Faculdade de Biologia Alessandra Ramos, que coordena o Clube.

A articulação entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, por meio de atividades que integrem ensino, pesquisa e extensão, envolvendo a participação de alunos e professores do ensino fundamental, foi da egressa em Ciências Naturais e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática, Teresinha Miranda. “A ideia é sempre mostrar a ciência a partir do cotidiano desses estudantes, para que possam compreender a ciência e ver que ela não está desvinculada da nossa vida”, explicou.

Na trilha, Yasmin Carneiro e Miguel Pantoja capturaram borboletas e formigas. Já Fernando Souza teve paciência e capturou um sapinho na margem do rio. “Foi muito bom aprender sobre o que capturamos. Achei divertido e entendi um pouco mais sobre sapos”, contou Fernando, que frequenta pela primeira vez o Clube.

O professor Danilo Oliveira, da Faculdade de Biologia da Unifesspa, destaca as atividades do clube como um divisor de águas. “Por diversas vezes escutei espontaneamente de crianças o interesse pela biologia a partir de atividades como essa, que falam de ciências de forma lúdica”, falou o professor.

“O que é interessante no clube é fazer com que os alunos venham à universidade e façam experimentações, o que é difícil no cotidiano da sala de aula”, falou Joice Bezerra, voluntária do projeto e estudante de Biologia.

“O clube é um espaço interdisciplinar. Estamos aqui entre estudantes dos cursos de Ciências Naturais, Biologia e eu, que sou da Matemática. Meu objetivo foi justamente perceber como a Matemática também pode ser reconhecida nestes espaços”, disse Felipe Souza, voluntário no Clube.

A Professora Alessandra Ramos convida outros estudantes a integrarem o projeto. “Temos uma equipe, mas ela precisa crescer no intuito de levar o letramento científico não só ao ensino fundamental, mas ao médio também, e envolver outros setores da sociedade nesta atividade”, destacou ela.

Segundo ela, o clube proporciona não apenas as experiências de aprendizagem em um espaço não-formal aos estudantes da rede de educação básica, mas propicia aos estudantes de licenciaturas a vivência docente, articulando teoria e prática em contato direto com seu futuro público, além de uma integração entre os cursos de graduação e pós-graduação.

“Eu participo desde o ano passado e assim que entrei convido meus colegas para participar dos encontros. Ter conhecimento melhora muito a pessoa. Ter conhecimento é tudo”, confirmou Bernardo Souza.